quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Mulheres da Periferia



O Coletivo segundo elas mesmas: 

"O coletivo Nós, mulheres da periferia é formado por oito jornalistas e uma designer, todas moradoras de bairros da periferia do município de São Paulo.

No dia 7 de março de 2012, quatro das nove mulheres jornalistas que integram o coletivo publicaram artigo na seção “Tendências/Debates” do jornal Folha de S. Paulo, atentando para a invisibilidade e aos direitos não atendidos de uma parte das mulheres – as que moram em bairros periféricos de grandes metrópoles.

O texto obteve grande repercussão, sendo replicado em outros veículos de mídia, mas teve ainda mais repercussão e encontrou eco entre nossas iguais, outras jovens ou não tão jovens mulheres moradoras da periferia de São Paulo que tinham se sentido representadas, lembradas e retratadas. O artigo, por exemplo, foi lido e registrado em vídeo no Sarau do bairro Itaim Paulista, na zona leste da capital.

As autoras do texto, que para escrever se basearam principalmente em suas vivências, visões e experiências cotidianas, perceberam naquele momento que o vazio de representatividade não era sentido apenas por elas. A partir daquele momento, iniciou-se um processo de pesquisa e consolidação do coletivo, que tem como objetivo principal dar visibilidade aos direitos não atendidos das mulheres, problematizar acerca dos preconceitos e estereótipos limitadores que se cruzam com as questões de classe social e raça e dar espaço para suas histórias.

O coletivo Nós, mulheres da periferia propõe reduzir esse espaço vazio existente na imprensa e a falta de representatividade, buscando mais protagonismo e visibilidade, com a nossa própria voz. Além de reconhecer e fazer parte desta luta, a proposta do coletivo é construir um espaço com informações que extrapolem a questão de gênero a atinja o campo social e étnico, onde a exclusão é muito maior.

É como disse a escritora Maria Carolina de Jesus: “Uma palavra escrita não pode nunca ser apagada. Por mais que o desenho tenha sido feito a lápis e que seja de boa qualidade a borracha, o papel vai sempre guardar o relevo das letras escritas. Não, senhor, ninguém pode apagar as palavras que eu escrevi.”

Nós escreveremos, juntas!"



terça-feira, 30 de agosto de 2016

Leitura Crítica da Mídia: mudanças climáticas e meio ambiente - "Para onde foram as andorinhas?"


Para onde foram as andorinhas? from Instituto Catitu on Vimeo.


O clima está mudando, o calor aumentando. Os índios do Xingu observam os sinais que estão por toda parte. Árvores não florescem mais, o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a chuva porque o calor cozinhou seus ovos. Os frutos da roça estão se estragando antes de crescer. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, eles se perguntam como será o futuro de seus netos.

Prêmio de Melhor Curta Metragem no Festival Ambiental das Ilhas Canárias, 2016 | Prêmio Refúgios e Mudanças no Festival ENTRETODOS de Direitos Humanos, 2016

Direção: Mari Corrêa 
Para acessar o Instituto Catitu: institutocatitu.org.br
Para acessar o Instituto Socioambiental: www.socioambiental.org



quinta-feira, 23 de junho de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Manual GPI Eleições Municipais 2016



A apresentação do Manual GPI (Grande Pequena Imprensa) Eleições Municipais 2016 informa: 


"Este Manual se destina a jornalistas que vão cobrir as eleições municipais de 2016. Ele oferece uma abordagem inovadora, articulando conhecimentos básicos em duas áreas complementares: jornalismo de dados e políticas públicas municipais.

Desde 2013, o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, o Projor, que mantém o site Observatório da Imprensa, realiza o projeto Grande Pequena Imprensa, o GPI, que visa capacitar os veículos de comunicação regionais. Este Manual integra o GPI em 2016. Nossa abordagem é pluralista e apartidária. Ainda que o público alvo sejam jornalistas da imprensa local e regional - em contraponto à chamada grande imprensa - o Manual deve ser útil para jornalistas e estudantes de jornalismo em geral.

As próximas eleições serão marcadas por fatos cruciais na história recente do país: as crises política e econômica e as novas regras eleitorais que proíbem que os candidatos recebam doações de empresas.  Logo, uma boa cobertura será aquela que, além de informar o eleitor sobre a biografia e a qualificação dos candidatos a prefeito e vereador, também produza análises relevantes sobre questões críticas locais.

A tarefa de analisar os municípios demanda que o repórter conheça ao menos o básico de jornalismo de dados, como o seu conceito, objetivos e processos de produção. Além de dominar o uso de ferramentas básicas como o Google Sheets (Planilhas do Google), Microsoft Excel ou outro similar. 


Tal conhecimento se integra a noções também elementares de políticas públicas, tais como as funções do prefeito e da Câmara Municipal, as leis orçamentárias e as origens da receita municipal".


Acesse AQUI o Manual GPI Eleições Municipais 2016







quarta-feira, 22 de junho de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Desconstruindo idealizações de gênero nas escolas




Frida Kahlo era manca, dedicou-se às artes e tornou-se um ícone da pintura mexicana. Violeta Parra preferiu a vida artística à doméstica e fez história na música chilena. Juana Azurduy comandou tropas em lutas independentistas do Alto Peru no início do século XIX. Clarice Lispector “abandonou uma vida de princesa” ao lado do marido diplomata e escreveu importantes obras da literatura brasileira. Julio Cortázar foi um renomado escritor argentino, e Eduardo Galeano retratou injustiças no continente.


Nenhum desses grandes nomes se encaixa nas idealizações de gênero com as quais crianças são bombardeadas desde cedo pela literatura infantil. Notórios por seus talentos e lutas, os protagonistas da coleção Antiprincesas e Antiheróis, da editora argentina Chirimbote, são latino-americanos e se contrapõem ao estereótipo feminino de princesa e masculino de superpoderes.


No Brasil desde o fim do ano passado pelas mãos da distribuidora Sur Livro e vendidos também em países como Colômbia, Uruguai, Chile e Bolívia, os livros foram bem recebidos não somente por pais e mães, mas também por professores que viram neles potencial para fomentar discussão e dar início a uma mudança de mentalidade em relação às construções sociais comumente transmitidas às crianças.

Leia AQUI o texto completo do artigo publicado em Carta Educação.





terça-feira, 31 de maio de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Minimanual do Jornalismo Humanizado

Think Olga é uma ONG feminista que luta pelo empoderamento feminino por meio de informação.







A ONG acredita no poder e na responsabilidade que os meios de comunicação têm na formação da nossa cultura. Por iso, lançou o MINIMANUAL DO JORNALISMO HUMANIZADO, um guia básico, de bolso, para jornalistas, redatores, blogueiros e veículos de comunicação acessarem sempre que precisarem lembrar do que fazer - e do que não fazer - para que a sua matéria/post não colabore com a perpetuação da cultura de violência contra a mulher na nossa sociedade.

O MINIMANUAL será dividido em quatro partes:

Pt. 1 - Violência Contra a Mulher: aborda crimes de estupro, violência doméstica e feminicídio

Pt. 2 - Transfobia: como abordar pessoas trans em matérias jornalísticas de maneira respeitosa

Pt. 3 - Racismo: com um recorte de gênero, traz formas de eliminar o preconceito racial do jornalismo

Pt. 4 - Estereótipos nocivos: eleições desnecessárias de musas, perguntas descabidas para entrevistadas e outros clichês que são um desfavor para as mulheres

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O MINIMANUAL






quarta-feira, 18 de maio de 2016

Leitura Crítica da Mídia: checando a informação

LUPA (Revista Piauí)

A LUPA é uma agência de notícias que se propõe a checar, de forma sistemática e contínua, o grau de veracidade das informações que circulam no Brasil. Uma equipe analisa frases segundo as oito etiquetas abaixo:






 Para acessar a LUPA, clique AQUI









TRUCO NO CONGRESSO (Agência Pública): "Eles falam, nós checamos"


Checagem realizada por repórteres da Agência Pública, que aposta num modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência. Tem como objetivo fortalecer o direito à informação, qualificar o debate democrático e promover os direitos humanos. 




Para acessar o TRUCO NO CONGRESSO, clique AQUI. 




quarta-feira, 9 de março de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Indígenas Munduruku - história, resistência, corpo-água, cicatrizes na terra, vida




Registro da vida, cultura e resistência do povo Munduruku ao projeto de barragens e hidrelétricas no rio Tapajós, na Aldeia Praia do Índio, Itaituba, Pará. O vídeo foi produzido coletivamente com os/as moradores/as da aldeia, a partir de vivências com gravação e edição de imagens.

Sobre este assunto, leia também "1500, O ANO QUE NÃO TERMINOU".




quinta-feira, 3 de março de 2016

Leitura Crítica da Mídia: onde buscar informação e conhecimento?

O mapa do jornalismo independente

um projeto da Agência Pública

"A ideia é ambiciosa, mas cada vez mais necessária neste momento de ruptura e renascimento que o jornalismo vive: mapear as iniciativas independentes no Brasil. Neste “mapa” interativo, selecionamos aquelas que nasceram na rede, fruto de projetos coletivos e não ligados a grandes grupos de mídia, políticos, organizações ou empresas".




Confira no site da Agência Pública




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Trabalho Escravo na Indústria Têxtil


"Nos últimos anos, muitas marcas de roupa foram flagradas utilizando trabalho escravo e, infelizmente, esses casos não são raros. Para aumentar sua margem de lucro e se eximir da responsabilidade de arcar com direitos trabalhistas, é comum que marcas populares e grifes renomadas do mundo todo contratem uma longa cadeia de fornecedores, ou seja, terceirizem sua produção. Com a falta de controle, os costureiros ficam mais suscetíveis à escravidão contemporânea nas oficinas de costura com condições precárias. 

Para explicar como acontece essa dinâmica no Brasil, o programa Escravo, nem pensar!, da ONG Repórter Brasil, produziu o vídeo Trabalho escravo no setor têxtil. Por meio de um diálogo casual entre duas amigas sobre um vestido comprado em uma liquidação, o vídeo mostra a relação das oficinas terceirizadas com a marca que as contrata. Também mostra as condições degradantes do trabalhador nesses ambientes, que em grande parte é decorrente da falta de vínculo formal de trabalho com a empresa. 

Este é o quinto vídeo da série ENP! na Tela, que aborda, por meio da facilitação gráfica, os principais temas das formações e materiais didáticos do Escravo, nem pensar!, como o ciclo do trabalho escravo, o trabalho infantil, o tráfico de pessoas e a ocupação da Amazônia". 

O vídeo está disponível para donwload no link: https://goo.gl/tyj79q
Para saber mais sobre o assunto, baixe o fascículo Trabalho escravo nas oficinas de costura: http://goo.gl/FPVln5


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Leitura Crítica da Mídia: Jogo digital instiga a reflexão sobre Trabalho Escravo




O jogo digital Escravo, nem pensar! é um entretenimento e, sobretudo, um instrumento didático pedagógico para instigar a reflexão e a discussão desse tema complexo nas escolas e em outros ambientes. Por meio dele, o jogador se familiariza com as situações enfrentadas por trabalhadores submetidos ao trabalho escravo, desde a saída de suas cidades de origem até as frentes de trabalho no campo e na cidade.

Baseada na dinâmica de tomadas de decisões, a proposta é que o jogador estabeleça diálogos, colete e use objetos e decifre alguns desafios nos diferentes ambientes percorridos pelo personagem principal. Dessa forma, o personagem poderá escapar do trabalho escravo, registrar uma denúncia e acionar assim as autoridades competentes pela fiscalização e autuação desse crime: Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal. 

Acesse AQUI para baixar o jogo digital.